Workshop

LARGO: Entretempos Fotográficos

Largo: Entretempos Fotográficos

Abertura:

12 de setembro

Novo Horário:

Terça à sexta: 13h às 19h
Sábados, domingos e feriados: das 10h às 18h

Horário reduzido do final de ano:

Dias da semana (23, 26, 30 e 02): 14h às 18h.
Dias do final de semana (27 e 28): 10h às 16h

Instituto Fechado:

Dias 24, 25, 31, 01

Local:

Instituto ViaFoto

Endereço:

Rua Fernão Dias, 640 – Largo da Batata, Pinheiros – São Paulo/SP

Entrada:

Gratuita

Exposição “LARGO: Entretempos Fotográficos”

O Instituto ViaFoto abre suas portas no coração do Largo da Batata, em Pinheiros, com a exposição “LARGO: Entretempos Fotográficos”. A mostra marca a inauguração do espaço cultural e propõe um olhar múltiplo sobre a cidade, reunindo nomes consagrados e jovens talentos da fotografia contemporânea em diálogo direto com o território urbano. A visitação será gratuita.

Com curadoria de Rodrigo Villela, essa exposição inaugural apresenta um recorte da produção contemporânea brasileira que dialoga diretamente com o Largo da Batata. A proposta é construir um mosaico de olhares que traduzem a cidade como espaço de encontros, memórias e transformações.

A mostra reúne alguns dos mais importantes fotógrafos do país — Bob Wolfenson, Caio Reisewitz, Claudia Andujar, Claudia Jaguaribe, Claudio Edinger, Cristiano Mascaro, João Farkas, Maureen Bisilliat e Nair Benedicto — ao lado de uma nova geração de artistas que vem conquistando espaço na cena contemporânea: Gui Christ, Luiza Sigulem, Marcela Novais, Marcos Piffer, Shinji Nagabe e Wendy Andrade. Muitos dos jovens talentos foram indicados pelos veteranos, reforçando um dos pilares centrais do Instituto: a interlocução entre gerações e a valorização da diversidade de práticas fotográficas.

“O Largo da Batata é um espaço de encontros, memórias e transformações. A fotografia traduz essas camadas de tempo e nos convida a refletir sobre o presente a partir de múltiplos olhares”, explica Rodrigo Villela, curador da exposição e gestor cultural com sólida trajetória na valorização da fotografia contemporânea e no desenvolvimento de projetos culturais de impacto.

Essa primeira exposição reflete a essência do ViaFoto: compreender a fotografia como linguagem capaz de atravessar tempos e registrar a vida em suas múltiplas camadas. Mais do que belas imagens, cada obra exposta funciona como documento e poesia, testemunho e criação. A fotografia, ao congelar instantes, se torna um palimpsesto de memórias individuais e coletivas — revela aquilo que a pressa urbana apaga e inscreve na história os vestígios da vida cotidiana. É justamente esse poder de narrar o visível e o invisível que o Instituto busca potencializar — reafirmando que, na fotografia, cada instante é também história e possibilidade de transformação.

LARGO: ENTRETEMPOS FOTOGRÁFICOS

Para além da referência ao seu entorno imediato – o Largo da Batata – a palavra LARGO é uma referência geográfica para espaço urbano aberto, um ponto onde trânsitos se cruzam. LARGO também pode ser entendido como um olhar espacial, uma visão ampla, uma fotografia expandida. LARGO também se refere a um contexto musical, o que lhe confere uma conotação poética: um andamento musical que sugere uma reflexão profunda. Aqui, os cruzamentos de percurso e imagens se expandem para uma noção temporal pendular, que embaralha a geografia e apresenta visões múltiplas sobre o tempo e o espaço da cidade.

Metrópole é mais que cidade: é foco de criação e conflito, teatro de sombras e passos, território ambíguo que ultrapassa a escala da personalidade do indivíduo. De que forma a experiência urbana foi (e ainda é) digerida pela fotografia? Um gesto artístico de construção ficcional de um todo que escapa e se embaralha no tempo.

São Paulo é um palimpsesto: rasurado e reescrito várias vezes mas ainda marcado pelos vestígios das escritas anteriores, como pegadas a serem rastreadas ou propositalmente esquecidas. Uma das principais maneiras de ser paulista é não ser de São Paulo. Na megalópole, o cotidiano é experimentado pelos excessos, pela sobreposição de camadas assimétricas de repertórios, apelos visuais, mercadorias, distâncias, classes, religiões.

Em suas ruas incertas, os choques acirram as diferenças na mesma medida em que são produzidos por elas. Concentra pontos de inflexão, como a presença indígena, a intervenção jesuíta, a ancestralidade imaterial negra e a disputa por territórios, o comércio e o abastecimento da cidade, os espaços de resistência e luta, a força permanente que mantém a cidade funcionando como máquina. As multidões mais conectadas à história da cidade se sentem, na maioria das vezes, não pertencentes a ela.

Cidade que é ao mesmo tempo nossa e de ninguém. Como observar, fotografar, gravar, imprimir e compartilhar este turbilhão diário? Olhar para o mundo como se fosse possível reescrever o que foi apagado, com um olhar amplo que abarca todos os sentidos. Ou então considerar que na fotografia todos os distintos tempos se dão no agora.

Rodrigo Villela, curador

Ficha Técnica

Realização:

Instituto ViaFoto

Curadoria:

Rodrigo Villela

Assistência de Curadoria:

Felipe do Amaral

Fotógrafos Consagrados:

Bob Wolfenson, Caio Reisewitz, Claudia Andujar, Claudia Jaguaribe, Claudio Edinger, Cristiano Mascaro, João Farkas, Maureen Bisilliat e Nair Benedicto

Novos talentos da fotografia:

Gui Christ, Luiza Sigulem, Marcela Novais, Marcos Piffer, Shinji Nagabe, Wendy Andrade

Produção Executiva:

Casaplanta – Julia De Francesco (direção executiva), Malu Maria Matos (produção), Catarina Guimarães (assistência de produção)

Arquitetura:

Superlimão – Thiago Rodrigues, Lula Gouveia, Antonio Carlos Figueira de Mello, Leticia Domingues, Louise Trevisan

Produção das Obras:

Digital Espaço Visual, Érica Varella, Galeria Vermelho, Giclee, Icolor, Jacarandá, João Farkas, Marcos Ribeiro, Sixthstudio, Studio RGB, Votupoca

Transporte de Obras:

CLExepress, Millenium

Design Gráfico:

Davi Lamac

Cenografia:

Cenotech

Iluminação:

Primeira Opção, MMV

Equipamento Audiovisual:

Primeira Opção

Comunicação Visual:

MR2, Watervision

Montagem Fina:

Ladun Produções e Montagem – Juliana Ladun, Avelino Regicida

Agradecimentos:

Agência Asia, Acustica e Sonica, MBS Group, Mario Mello, Planin Comunicação, Vico Benevides, Zetaflex